O fim da trilogia original de Kratos coroa God of War como a franquia da década, gera muitos fãs e dá ao Playstation 3 uma razão definitiva para ser comprado. Fóruns, Twitter, Orkut e várias outras mídias presentes na comunidade gamer esperava ansiosamente pelo lançamento do “jogo do ano”. E ele chegou. God of War III fez filas imensas mundo afora, inclusive no Brasil, onde lojas abriram a meia noite e muitos compraram o game como aqueles saldões de lojas de eletrodomésticos no começo do ano.
Mas o game cumpriu o que prometeu? Não só cumpiu, como te diria que a última parte da trilogia de Kratos é o motivo que falta para você comprar o seu PS3. É um jogo lindo, completa a história de um jeito único e eleva a diversão a um padrão fino, que poucos games conseguem fazer. God of War III começa no final do segundo game: com Kratos invadindo o Monte Olimpo com a ajuda dos titãs para enfrentar os deuses gregos, em especial Zeus, com quem ele tem muitas contas a acertar. E como de costume, começa com uma grande batalha, mostrando a grandiosidade do game.
Para falar de grandiosidade, Kratos começa o jogo subindo o Olimpo com os titãs, correto? E se eu disser que estes titãs são mais que o dobro de tamanho dos colossos de Shadow of the Colossus você acreditaria? Então acredite, pois os “bichos” são enormes e garantem cenas impressionantes.
Impressionante também é a jogabilidade. God of War III não cansa nunca! O ritmo é único, e seguindo a tendência dos outros dois jogos, você encara uma fase linear com alguns quebra-cabeças, plataformas e o mais legal, que são os combates alucinantes com aquela multidão de inimigos. Mas como desta vez o capricho foi elevado a um outro nível, temos novidades de controle como alguns momentos que a câmera te dá a visão em primeira pessoa, ou na luta contra Helios em que apenas é controlada a mão de Kratos para bloquear o brilho do adversário.
A pancadaria continua refinada, apesar de animalesca. Tudo o que já vimos nos outros dois God of War aparece aqui de uma forma quase perfeita: o massacre - porque o que Kratos faz com as pobres criaturas não pode ser chamado de luta - é rápido, os combos são facílimos de se fazer e os equipamentos empunhados pelo deus da guerra também são muito úteis nos combates. Combates estes que fariam Quentin Tarantino ficar azul de inveja, tamanha a violência exagerada e o banho de sangue, que desta vez suja Kratos e faz o personagem andar ensanguentado por um pequeno período.
A história amarra as pontas da saga e dá um ponto final aos problemas de Kratos. Tudo que estava mal contado ou mal resolvido agora recebeu os pingos nos ‘i’s, apesar de previsível e clichê. O que não deve ser levado como um ponto negativo, afinal God of War não prioriza a história e sim a grandiosidade com que ela é desenvolvida.
E a adrenalina da história e combates entram no seu ápice quando um chefe aparece em GoW III. Os cenários de cada inimigo são divinos e fazem parte do combate, ajudando ou atrapalhando a sua estratégia para vencê-lo. Durante a luta, cutscenes renderizadas em tempo real - tempo real, repito! - mostram o drama da luta e mais uma vez, provam que estamos jogando o melhor game do ano.
E quanto ao visual, lembra quando você jogava FFXIII em 99 e sonhava em jogar aquelas CG’s em tempo real? Pois posso afirmar com certeza que este dia chegou! Os gráficos não contam com nenhum serrilhado, é riquíssimo de detalhes, contam com efeitos de iluminação, sombra e transparência dignos de filmes como Avatar - sim! Avatar! - sem contar os muitos filtros gráficos impensáveis no PS2, como um aspecto cel shading em alguns momentos, dando uma tremenda liberdade artística e chega para tirar a faixa de “Mister jogo mais lindo de PS3”.
E uma produção cinematográfica tem de ser completa com um som de primeira. God of War III fará você sentir orgulho de ter comprado seu home theater com os efeitos sonoros reais ao extremo, a trilha memorável e épica e a dublagem impecável. E para fechar o pacote, aquela montanha de conteúdo extra continua fazendo parte do game. Kratos ao terminar a história ganha novas roupas, arenas e vídeos de making off, além de níveis mais altos de dificuldade. Vale mencionar também os trailers de MAG e Gran Turismo 5 incluídos no Bluray, que são acessados pelo navegador do PS3 ou em qualquer PC, desde que tenha o leitor para esta mídia.
Termino esta matéria feliz, pois a Sony e a Santa Monica Studios cumpriram a suas promessas e apresentaram mais que um simples game. Trouxeram para o PS3, além de uma obra-prima que merece ser apreciada sempre, um motivo mais que único para qualquer apaixonado por games, que ainda não tem o Playstation 3, a correr até a loja mais próxima e colocar a caixona preta na sua estante!
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