Evento em San Francisco divulga novos títulos de tirar o fôlego, 'Medal of Honor: Warfighter' é um dos destaques da feira Não há como negar que os shooters são o gênero mais popular nos games atualmente.
Desde a série "Halo" - um dos principais jogos a impulsionar o primeiro Xbox - até o estrondoso sucesso de "Call of Duty: Modern Warfare", classificado como a maior franquia de entretenimento do mundo, os jogos de tiro em primeira pessoa definitivamente são a bola da vez.
Esse momento se refletiu na programação da
GDC 2012 até agora, que contou com diversos
jogos de tiro, que obviamente eles não são uma unanimidade. Peter Molyneux, o
designer por trás de títulos como "
Populous" e "
Fable", disse que está "decepcionado com o atual momento da indústria de jogos", porque os jogos estão extremamente calcados na ação hollywoodiana, impulsionados principalmente pelo citado sucesso da série "
Modern Warfare".
Medal of Honor: Warfighter - O shooter mais comentado do evento foi "Medal of Honor: Warfighter", que ganhou um trailer como manda a cartilha, cheio de unidades especiais invadindo locais inóspitos e inimigos morrendo sem nem saberem que foram atacados. Os únicos países que já confirmados que estarão no jogo são a Somália (pesadelo para as forças especiais, como mostrou 'Falcão Negro em Perigo') e as Filipinas. Mas segundo boatos, países do Oriente Médio e a Rússia também devem fazer parte do teatro de operações das tropas de "Warfighter".
O novo "Medal of Honor" está em desenvolvimento pelo estúdio Danger Close, da Electronic Arts, e conta com a tecnologia Frostbite 2, utilizada em "Battlefield 3". A engine ajudará a ampliar as possibilidades de destruição a "níveis bem elevados", segundo a desenvolvedora.
Esquemas táticos terão destaque também, o que significa dar ordens básicas ao pelotão que acompanha o personagem principal. Antes de adentrar uma sala desconhecida, existirão opções táticas, como simplesmente abrir uma porta, chamar o restante do pelotão para entrarem todos juntos, ou abri-la e jogar uma granada de luz. Tudo depende do momento e das decisões do jogador.
Obviamente não faltará multiplayer, com forças especiais reais do mundo inteiro, como a SAS inglesa, a KSK alemã e a própria Tier 1 americana, unidade-protagonista do jogo. Obviamente ainda tem a concorrência ainda mais pesada: a de "Call of Duty: Black Ops 2", que deve bater de frente com a proposta de "Warfighter".
Mercenary Ops:
Mas nem só de "Medal of Honor" vivem os shooters presentes na GDC 2012. O evento ainda reservou jogos novos e promissores. Um deles é "Mercenary Ops", produzido pela subsidiária chinesa da Epic Games. O jogo tem um conceito similar ao de "Gears of Wars", tanto no estilo que mistura tiro em primeira e terceira pessoa, quanto pela pegada futurista. A previsão de lançamento divulgada pela Epic é um vago segundo semestre de 2012, exclusivamente para PCs.
O jogo, apesar de não primar pela originalidade (shooter original a essa altura do campeonato é meio difícil), cumpre o que promete, com muita ação, explosões, variedades de armas e combates violentos.
"PlanetSide 2", um MMO com tiroteios nervosos, também conseguiu brilhar. O jogo atualmente está em fase alfa fechada de testes, mas logo começará com testes beta públicos, segundo a Sony Online Entertaiment, produtora do jogo. Há alguns elementos de RPG também, com possibilidades de melhorias em armas e do personagem.
O ambiente é vasto, com combates aéreos, de veículos terrestres e batalhas de infantaria, todos elementos inseridos no ambiente persistente do jogo. Para nenhum fã de shooter e de MMO botar defeito. O único problema é que ainda não existe nenhuma data de lançamento, nem previsão. Mas a SOE diz que espera lançá-lo no máximo ano que vem.
GoldenEye 007:
Os shooters também foram tema da palestra de Martin Hollis, ele mesmo desenvolvedor de um dos jogos de tiro mais amados de todos os tempos: "GoldenEye 007", para Nintendo 64. A palestra dele, que atualmente faz parte do Digital Romance Lab, foi intitulada "Faça amor, não faça jogos de guerra", e foi focada em apresentar jogos de... romance, algo que não se espera de alguém que dirigiu um dos clássicos de tiros de todos os tempos.
Ele se pergunta por que praticamente não existe o gênero de jogos amorosos, focados em relacionamentos. A culpa é da atual moda de jogos de tiro, segundo Hollis, e do espírito de combate gerado por eles.
"Os jogos têm sido sobre a guerra há milhares de anos. Por que não mudar isso? Realmente, minha mensagem é uma mensagem antiga para uma nova indústria: faça jogos de amor, não faça jogos de guerra. E, talvez, em 5000 anos, metade dos jogos será de guerra. E metade sobre o amor". Os aplausos que ele recebeu mostraram que talvez ele não seja o único que pense assim.
Mas, se tem uma coisa que a GDC 2012 mostrou até agora, é que os jogos de tiro ainda têm um longo caminho a percorrer. Provavelmente de cinco mil anos.
Postagens Relacionadas